O Doutor Bezerra de Menezes fala da saudade que os seres desencarnados sentem de seus entes queridos e que uma das formas de se perceber é quando eles se infiltram através de nossa rede de sonhos. A querer nos mostrar algo, ou mesmo aclarar, chamar-nos à razão ou apenas acenar-nos com um sutil aviso, quando não um surpreendente sorriso oriundo de um ser, outrora sempre deprimido, a revelar que tudo bem até aqui. Se o amor vence as barreiras da desencarnação, segundo mensagem espírita de meu pai enviada em 20 de setembro de 1980, ao superar toda espécie de problemas íntimos, sobretudo a insegurança, trazendo-nos ao coração a consolidação de nós mesmos. Não existe distância para os que se amam. Ele se referia a toda sorte de amor.
“Pondes minhas palavras em vossos ouvidos” disse Jesus. Quando a maioria não ouve nem a seus irmãos – quanto mais as mensagens espíritas. Nem bem crescem e já são alunos que subvertem a ordem escolar, formulam extensas orações, gritam protestos e alinhavam promessas que não podem cumprir. Não estimam ensinamentos e se locupletam com imposições.
Prosseguindo a intervenção espiritual, sem ainda ser presencial na Fundação Marietta Gaio e realizada na residência de cada médium e de quem se encontra sob tratamento, segundo o calendário da Fundação, com todos obedecendo ao regime de confinamento em face da pandemia do coronavírus, a centésima sexagésima segunda intervenção espiritual, em 25 de março de 2022, efetivou-se sob a égide da leitura de “Vinha de Luz”, 70 (“Guardemos o ensino”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 27 (“Pedi e obtereis”), itens 11 a 12 (“Ação da prece. Transmissão do Pensamento.”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Se dividirmos os males da vida em duas partes, teremos na primeira aquela que o homem não pode evitar e, na segunda, o principal causador devido aos seus desleixos e excessos, aos quais se pouparia caso agisse com sabedoria e prudência. Se não ultrapassasse o limite do necessário na satisfação de suas necessidades. Se desse um limite às suas ambições, a ruína não o assustaria. Ou se quisesse subir mais alto, a queda não surtiria medo. Mais humildade, menos decepções oriundas do orgulho ferido. A prática da caridade restringe a maledicência, a inveja, as desavenças e as discussões.
A prece é salutar para atrair a inspiração dos bons Espíritos e pedir-lhes a força necessária para resistir aos maus pensamentos, que precedem o cometimento do mal que, por sua vez, é imediatamente seguido pelo temor às vinganças que daí se originam. Um círculo vicioso, do mal à vingança.