“Sempre pensei que os guias de nossas reuniões seriam espíritos privilegiados pela cultura e pela competência na ação de orientar mas, presentemente, minhas convicções se alteraram nesse sentido. Imagina que de modesto servidor fui promovido a mentor de nossa Fundação (Marietta Gaio). Não sabia, entretanto, que encontraria espinheiros pela frente. Desde a minha volta ao Lar da Vida Maior em que me encontro, desejei e obtive permissão para dialogar com os irmãos que chegam até nós em condições de absoluta ignorância das questões espirituais. Sei que nunca fui um bom conversador e não ignoro que o meu vocabulário não possuía o estoque desejável de palavras para a troca de ideias. Atualmente, já consigo identificar-me com um grande número de companheiros falando sobre as provas que atravessam. A fim de meditarmos na compreensão recíproca, nossas conversações silenciosas se voltam para os espíritos incompreensivos.” Em mensagem espírita de 20 de novembro de 1986, meu pai revela que a palavra é desnecessária para a comunicação entre espíritos por força do pensamento, assim como lhe era um estorvo quando encarnado em razão de não ser versado na boa prosa. Lamentando: “como é difícil trabalhar no chão da vida física! Tenho feito visitas particulares, mas não frequento os lares de nossos amigos no intuito de furtar-lhes o livre-arbítrio, mas sim no propósito de despertar-lhes, sem alarme, para a elevada missão”.
A centésima septuagésima segunda intervenção espiritual, em 12 de agosto de 2022, que passou a ser presencial na Fundação Marietta Gaio, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 80 (“Como sofres?”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 1 (“Não vim destruir a lei”), item 8 (“Aliança da Ciência e da Religião”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
A Lei do Antigo Testamento, a primeira revelação, está personificada em Moisés; a segunda é a do Novo Testamento, do Cristo; o Espiritismo é a terceira revelação da Lei de Deus. O Espiritismo não foi personificado em nenhum indivíduo, pois ele é produto do ensinamento professado, não por um homem, mas pelos Espíritos em todos os pontos da Terra, servindo-se para tanto de uma multidão incontável de médiuns. Um ser coletivo para fazer o homem conhecer o mundo espiritual e a sorte que nele os espera. O espiritismo não ensina nada em contrário ao que o Cristo prescreveu, mas desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que só foi dito antes sob forma alegórica por não estarmos ainda preparados. Até que, transcorridos 19 séculos, a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, e a Religião, já não podendo mais se opor à irresistível lógica dos fatos, passaram a ver as coisas não mais do seu ponto de vista exclusivista, e a perceberem conjunção, afinidade e harmonia em leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres com as leis que orquestram o mundo espiritual, todos em busca de um maior progresso moral.
Conforme meu pai enfatiza, aos espíritos não é dado o direito de interferir no livre-arbítrio de ninguém, sabedores das provas retificadoras de vidas passadas e regeneradoras a que são submetidos os encarnados, quando não se complicam e padecem em meio às perturbações que os assaltam ou tentam eliminar enfermidades reparadoras com desespero. Senão pequenos sofrimentos, transformando corações em poços envenenados de ódio e amargura, ou caprichos desatendidos, induzindo a bater em sua porta a desilusão, a descrença, a desconfiança ou a revolta injustificáveis. Não será agravar a dívida o ato de agressão ao credor, de qualquer ordem, somente porque ele resolveu nos chamar a contas e nos exigir explicações? Raros seres humanos aprendem a encontrar proveito nas tribulações, cobrando satisfações e tornando mais onerosos os seus próprios débitos.
CAPÍTULO CLXXII – OS ESPÍRITOS NÃO INTERFEREM NO LIVRE-ARBÍTRIO DE NINGUÉM
12 de agosto de 2022
“Sempre pensei que os guias de nossas reuniões seriam espíritos privilegiados pela cultura e pela competência na ação de orientar mas, presentemente, minhas convicções se alteraram nesse sentido. Imagina que de modesto servidor fui promovido a mentor de nossa Fundação (Marietta Gaio). Não sabia, entretanto, que encontraria espinheiros pela frente. Desde a minha volta ao Lar da Vida Maior em que me encontro, desejei e obtive permissão para dialogar com os irmãos que chegam até nós em condições de absoluta ignorância das questões espirituais. Sei que nunca fui um bom conversador e não ignoro que o meu vocabulário não possuía o estoque desejável de palavras para a troca de ideias. Atualmente, já consigo identificar-me com um grande número de companheiros falando sobre as provas que atravessam. A fim de meditarmos na compreensão recíproca, nossas conversações silenciosas se voltam para os espíritos incompreensivos.” Em mensagem espírita de 20 de novembro de 1986, meu pai revela que a palavra é desnecessária para a comunicação entre espíritos por força do pensamento, assim como lhe era um estorvo quando encarnado em razão de não ser versado na boa prosa. Lamentando: “como é difícil trabalhar no chão da vida física! Tenho feito visitas particulares, mas não frequento os lares de nossos amigos no intuito de furtar-lhes o livre-arbítrio, mas sim no propósito de despertar-lhes, sem alarme, para a elevada missão”.
A centésima septuagésima segunda intervenção espiritual, em 12 de agosto de 2022, que passou a ser presencial na Fundação Marietta Gaio, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 80 (“Como sofres?”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 1 (“Não vim destruir a lei”), item 8 (“Aliança da Ciência e da Religião”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
A Lei do Antigo Testamento, a primeira revelação, está personificada em Moisés; a segunda é a do Novo Testamento, do Cristo; o Espiritismo é a terceira revelação da Lei de Deus. O Espiritismo não foi personificado em nenhum indivíduo, pois ele é produto do ensinamento professado, não por um homem, mas pelos Espíritos em todos os pontos da Terra, servindo-se para tanto de uma multidão incontável de médiuns. Um ser coletivo para fazer o homem conhecer o mundo espiritual e a sorte que nele os espera. O espiritismo não ensina nada em contrário ao que o Cristo prescreveu, mas desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que só foi dito antes sob forma alegórica por não estarmos ainda preparados. Até que, transcorridos 19 séculos, a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, e a Religião, já não podendo mais se opor à irresistível lógica dos fatos, passaram a ver as coisas não mais do seu ponto de vista exclusivista, e a perceberem conjunção, afinidade e harmonia em leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres com as leis que orquestram o mundo espiritual, todos em busca de um maior progresso moral.
Conforme meu pai enfatiza, aos espíritos não é dado o direito de interferir no livre-arbítrio de ninguém, sabedores das provas retificadoras de vidas passadas e regeneradoras a que são submetidos os encarnados, quando não se complicam e padecem em meio às perturbações que os assaltam ou tentam eliminar enfermidades reparadoras com desespero. Senão pequenos sofrimentos, transformando corações em poços envenenados de ódio e amargura, ou caprichos desatendidos, induzindo a bater em sua porta a desilusão, a descrença, a desconfiança ou a revolta injustificáveis. Não será agravar a dívida o ato de agressão ao credor, de qualquer ordem, somente porque ele resolveu nos chamar a contas e nos exigir explicações? Raros seres humanos aprendem a encontrar proveito nas tribulações, cobrando satisfações e tornando mais onerosos os seus próprios débitos.