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CAPÍTULO CLXXIV – NÃO SE DEIXE TRAGAR PELO DESÂNIMO

Meu pai nos informa em mensagem espírita de 28 de setembro de 1987, se aqui (no Plano Espiritual) chegamos e nos encontramos adormecidos, é para se recompor e se preparar para a nova vida, as novas atividades. Não podemos estabelecer tempo, mas sem dúvida será o que Deus considerar necessário para a reintegração espiritual em sua plenitude. Em 25 de julho de 1981, ele esclarecia que aquilo que não lhe foi possível adquirir enquanto usufruía a permanência entre os amigos encarnados, procurou obter neste outro lado, mobilizando todas as suas forças para se constituir no amigo servidor que cabia ser, a fim de não perder o ensejo de aperfeiçoar os seus próprios sentimentos, segundo as diretrizes dos Benfeitores Espirituais que nos dirigem. Todos os problemas, mesmo quando solucionados, se interligam com outras questões que nos compete observar antecipadamente. Em 11 de fevereiro de 1982, quase três anos transcorridos do seu desencarne, confidenciou que no Plano Espiritual ainda se sente na pequenez do servidor que recomeça as próprias tarefas, embora exista toda uma legião de amigos e benfeitores que nos supervisionam quanto a interesses e realizações, e que se caracterizam pela humildade com que nos inspiram e nos guiam: “Aqui, a meu ver, o serviço é mais intenso do que aí e o servidor que regressa à sede de trabalho é surpreendido com um mundo de atividades que retoma, evoluindo na complexidade de tarefas que se assume com o tempo. Somos chamados no momento justo a nos reafirmarmos nos trabalhos inconclusos deixados à retaguarda”.
A centésima septuagésima quarta intervenção espiritual, em 9 de setembro de 2022, que passou a ser presencial na Fundação Marietta Gaio, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 82 (“Sem desfalecimentos”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 1 (“Não vim destruir a lei”), item 10 (“A Nova Era”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Um dia o homem haverá de vencer as trevas dentre as inúmeras frentes do conhecimento da verdade que se abrirão para sepultar a obscuridade da ignorância, embora o mundo ainda se encontre bastante abalado em suas bases devido a constantes agressões que recebe, que prenunciam um trovão cujo estrondo servirá para nos alertar para uma revolução mais de ordem moral do que material em processo de preparo, onde cada um terá sua missão e seu trabalho específico. A formiga não constrói seu formigueiro? A lei que rege os mundos é a lei do progresso e repousa nas próprias leis da Natureza, que é da ordem do Divino, bem como o Espiritismo.
Se hoje creem, amanhã descreem. Basta aparecer o espinho da ingratidão para alargar o caminho da negação. O mal por vezes extenua o espírito, não pode é cansar o coração, o exercício do amor verdadeiro. Contudo, o bem sempre revigora o ânimo, fecha as feridas e eleva o espírito. Basta compreender o desânimo como grande significativo de perda de oportunidade em sua luta diária edificante. Se não deixar-se tragar pelo desfalecimento, a seu tempo, se converterá num espírito de outra ordem. Irreconhecível até para quem o conhece e não o vê há muito tempo, considerando-o outra pessoa. Imperativo de sua missão ao ser chamado no momento justo para encarnar e reafirmar-se em trabalhos inconclusos de vidas passadas.

Antonio Carlos Gaio:
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