No Plano Espiritual não existe privilegiados por origem de nascimento, nem dentre os que abusaram do poder ou tentaram manipulá-lo, e muito menos escravos, suscitados pela ambição de escravizar ou pela guerra que é sua consequência. Por mais que tivessem sido bem trajados ou possuíssem larga expressão de dinheiro ou revestidos de autoridade temporária destacando-se em postos representativos, tal situação não mais os habilita a sentar-se à mesa para debater a irresponsabilidade na aplicação das riquezas, todas de destinação sagrada por atender as necessidades básicas do ser humano. Quando se converteram em demagogos contumazes em setores que careciam de sua experiência, avançando em coisas santas como se fossem verdadeiras maltas de monstros predatórios.
O que deve prevalecer é a grandeza moral na qual o homem procurará elevar-se acima de si mesmo, aperfeiçoando-se, e não ficar obcecado com valores relacionados à supremacia ou a mesquinharias do ódio ou a cobiças da inveja, ou com quem está acima ou abaixo de seus irmãos.
A centésima octagésima quinta intervenção espiritual, em 10 de fevereiro de 2023, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 93 (“Cães e coisas santas”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 3 (“Há muitas moradas na Casa de Meu Pai”), itens 10 a 12 (“Mundos Inferiores e Mundos Superiores”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Precisamos de um mundo onde a ninguém falte o necessário, a ninguém se encontrar na Terra em estado expiatório, onde os mais fortes ajudam os mais fracos, no qual os bens corresponderiam ao grau de elevação moral e a inteligência fazer a diferença se aí bem aplicada.
Se para apreciar o bem necessitamos do mal, da noite, para se deslumbrar com a luz, da doença, para se cercar de cuidados com a saúde, o homem tem a maior dificuldade para compreender o estado de espírito, se espírito de verdade ou estágio da mente. Se sua criatividade preferencialmente deriva para pintar os tormentos do inferno ao experimentar em demasia penas e misérias em seu transcurso. Se ele apenas pode abordar aquilo que conhece, salvo se transcender e se espiritualizar.
À medida que se eleva e purifica, seu horizonte se amplia e compreende o bem que está diante de si, tal como compreendeu o mal que ficou para trás.
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