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CAPÍTULO CXCI – ESPIRITISMO, UMA CIÊNCIA EM EVOLUÇÃO

“Crescei e multiplicai-vos” ganhou lugar cativo no Inconsciente Coletivo da Humanidade. Esse fluir colossal de espíritos que encarnam e desencarnam, num vaivém constante, lembra a multiplicidade de espíritos dos quais fazemos parte, e que nos ajuda a mudar a nossa perspectiva autorreferente circunscrita à Terra, submetidos à força da gravidade que nos torna seres extremamente limitados por não sabermos voar mais longe com a imaginação e nos transportarmos para outras plagas. Tal como fazem os Espíritos, que assim se encontram aptos a conquistarem novas dimensões de inteligência e progresso espiritual. É claro que é preciso ter fé e acreditar em Deus acima de todas as coisas, com Jesus Cristo como governador e maior referência da Terra, mas o Espiritismo é uma ciência em evolução que vai trazer progressivamente novos elementos à nossa concepção de vida, à medida que formos abrindo a cabeça, nos fazendo esquecer os irracionais pré-históricos que já fomos.
A centésima nonagésima primeira intervenção espiritual, em 2 de junho de 2023, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 99 (“Nos diversos caminhos”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 4 (“Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”), itens 10, 11, 12 e 13 (“Ressurreição e Reencarnação”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Ouça aquele que tem ouvidos para ouvir, muitas vezes repetido por Jesus, a confirmar que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades, como a sobrevivência da alma após a morte e a negação das penalidades dos castigos eternos. Também disse que todos ao seu redor morreriam e depois ressuscitariam: despertai de vosso sono, vós que habitais no pó! Só podia e pode ser numa nova encarnação.
Diante de uma revelação como essa, ou mesmo de qualquer monta, há os que preferem manter-se à margem de tudo, assistindo de longe, sem o menor propósito de renovação interior. Ou então se desgastam em longas discussões sem o menor proveito. Ou adotam o sectarismo, visando a desagregação. Ou se perdem em seus desvarios passionais, que exigem alimento para as emoções, distantes do legítimo entendimento. Ou se atiram às correntes negativas, afogados em lamentações estéreis. Ou imergem no culto à dúvida e se convertem em ferozes críticos, culpando a Deus por todas as desgraças que imperam no nosso planeta. Ou congelam-se na imagem de seu ego, adiando a solução de seus problemas espirituais. Felizmente restam os que procuram alcançar a essência de seu Espírito para interagir com seus próximos e espalharem as sementes da concórdia, da paz e da boa-vontade, a despeito dos inquisidores permanentes do mundo, aqui e ali, almejarem tumultuar o trabalho sério e necessário para trazer mais da espiritualidade à tona.

Antonio Carlos Gaio:
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