Você é deus. Podemos ser deus, quando sujeitos a exercer nosso livre-arbítrio para dar conta de nossa missão nessa encarnação. Assumimos nossas atitudes em direção ao Bem com tamanha ênfase na liberdade de ação e de conduta, que parecemos sem limites diante de um leque amplo de escolhas, e aí atingindo o patamar de uma fração de deus, a denominada fagulha divina. Mesmo em pequena escala, sentimos a alegria e o gostinho de ser Deus. O que nos dá uma sensação falsa de demasiado poder, até para nos testar. Mas nos falta sabedoria, senso de equilíbrio e como nos orientar diante dos próximos passos que o destino costuma reservar para nossa vida.
Contudo, há que ingressar em espinhosos testemunhos para servir ao próximo, receber a ironia e a desconfiança de velhos amigos, os açoites das más-línguas e as pedradas da incompreensão para ir em direção ao alvo.
Prosseguindo a intervenção espiritual, sem ainda ser presencial na Fundação Marietta Gaio e realizada na residência de cada médium e de quem se encontra sob tratamento, segundo o calendário da Fundação, com todos obedecendo ao regime de confinamento em face da pandemia do coronavírus, a centésima quadragésima segunda intervenção espiritual, em 4 de junho de 2021, efetivou-se sob a égide da leitura de “Vinha de Luz”, 50 (“Para o alvo”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 23 (“Moral estranha”), itens 12 e 13 (“Não vim trazer a paz, mas a divisão”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Toda ideia nova encontra forçosamente oposição, e não houve uma única que se impusesse sem lutas. A resistência será tão maior quanto for sua magnitude e ameaçar os interesses subestabelecidos. Se notoriamente sem consistência, ninguém se perturbará e a deixarão passar, pois considerada sem maiores consequências. Mas se assentada em bases sólidas, prenunciando promissora progressão através de suas linhas mestras, um secreto pressentimento despertará os opositores zelosos pela manutenção da ordem das coisas, de cujos privilégios desfrutam à larga, vencendo gerações.
Não é por outro motivo que esses fariseus se lançam contra ideias que os impediriam de continuar a agir como sanguessugas. No agir mais por interesse do que por convicção. No apego a perpetrar abusos seculares e a persistir no ódio a seus adversários. Por isso, procuram calar sua voz, acreditando que, ao assassinar o homem, matam sua ideia. Mas a ideia sobrevive, sempre que verdadeira. Transformando no seu alvo e de todos que aderirem. Segundo nosso livre-arbítrio, para dar conta da missão a que fomos destinados nessa encarnação.