Onde exista a possibilidade de sermos úteis, avancemos com o ânimo forte, para a frente, sem dar guarida a retrocessos, construindo o bem, ainda que confrontados pela ironia maldosa, pela frieza insensível ou pela cruel ingratidão.
O Espiritismo dá sentido à vida dos seres humanos ao avançar sobre a morte, a desencarnação ou desmaterialização, a vida espiritual, a verdadeira, e em vidas passadas. O propósito de educar permeia todas as suas incursões na Terra. Ao que Kardec enfatiza: “Se o Espiritismo não se posicionasse no terreno da neutralidade, não haveria como conter o ressentimento e apaziguar os ânimos. A história de todos os cultos praticantes que lhe antecederam sempre implicaram em guerras fratricidas. Não existe nacionalidade para o espiritismo. As influências francesas oriundas de Kardec perderam vigor, é no Brasil que o espiritismo somado às crenças de origem africana ganharam peso, por não se impor a nenhuma classe social. Pois cada um de nós pode receber mensagens ou instruções de seus parentes e amigos desencarnados. De modo a permitir que se possa convocar os homens à fraternidade”.
Prosseguindo a intervenção espiritual, sem ainda ser presencial na Fundação Marietta Gaio e realizada na residência de cada médium e de quem se encontra sob tratamento, segundo o calendário da Fundação, com todos obedecendo ao regime de confinamento em face da pandemia do coronavírus, a centésima vigésima primeira intervenção espiritual, em 11 de setembro de 2020, efetivou-se sob a égide da leitura da “Vinha de Luz”, 32 (“Em nossa luta”) e estudo preliminar do capítulo 20 (“Os trabalhadores da última hora”), itens 1 e 2 (“Os últimos serão os primeiros”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Segundo o Espírito Emannuel, psicografado por Chico Xavier, não estamos na obra do mundo para aniquilar o que é imperfeito, mas para completar o que se encontra inacabado. Para edificar e não para destruir, disseminando a morte. Nossa missão é de amor infatigável para a Vida abundante.
Todos vós viestes quando fostes chamados, um pouco mais cedo, um pouco mais tarde, para a encarnação cujas correntes arrastais. Mas há quanto séculos Deus vos convoca para trabalhar em sua vinha sem que quisésseis entrar! Não vos esqueçais nunca de que vossa existência, por mais longa que possa parecer, é apenas um momento muito breve na imensidade dos tempos que constituem a eternidade. Portanto, esteja à disposição para iniciar o quanto antes a sua labuta desde o alvorecer, esperando pacientemente o chamamento ao trabalho – os últimos serão os primeiros. Mas não o negligencie por preguiça ou má vontade, dizendo “Que me importa um patrão que não conheço nem estimo? Quanto mais tarde, melhor!”. Ou destinar as horas de labor para praticar a delinquência, lançar a desarmonia nas famílias, arruinar os homens de boa-fé, abusar da inocência, desperdiçando seu valioso tempo.
Trabalho é uma lei da Natureza. O processo civilizatório nos obriga a trabalhar para nos alimentar, sustentar nossas necessidades e satisfazer nossos prazeres. O trabalho equivale a uma expiação ao mesmo tempo que aumenta a nossa inteligência e contribui para nossa evolução.
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