Procuro fazer a integração do tema abordado por Kardec e comentado na intervenção espiritual com o assunto que me proponho a desenvolver e veicular para buscar uma conexão e obter o Todo. Quase sempre meus mentores espirituais me permitem. Quando não, é para nos ensinar que nem tudo sai como a gente quer. Daí é preciso enveredar por outra vertente, nunca dantes navegada. Até para se acostumar a andar no escuro, sem garantias, fazendo uso de seu livre-arbítrio para induzi-lo a se mexer sozinho e construir, livre e soberano, o seu próprio caminho. Afinal de contas, você é livre para escolher! Isso se o medo quanto à opção tomada não atrapalhar o seu prosseguimento tamanha a sua hesitação, ou se temer o resultado de sua escolha.
A quinquagésima nona intervenção espiritual, em 22 de junho de 2018, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura e comentários sobre os itens 7 e 8 (“Convidar os pobres e os estropiados”) do capítulo 13 (“Que vossa mão esquerda não saiba o que faz vossa mão direita”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Quando derdes um banquete, não convideis vossos amigos e sim os pobres e estropiados. Não é que seja preciso reunir à mesa os mendigos da rua. Mas não convidar somente aqueles que podem lhe honrar ou retribuir o convite. Por banquete, entenda-se não se tratar da refeição propriamente dita, mas sim a participação na fartura que desfrutais. Dos que não poderão vos retribuir. Fazendo-o por puro prazer, com benevolência, sem ostentação, sabendo disfarçar o benefício com uma sincera cordialidade.
Eu não consigo embarcar nos cânticos que antecedem a intervenção, que ajudam a direcionar sua alma carente de tratamento rumo à intervenção espiritual – no máximo, sussurro. Tenho dificuldades para gravar os versos em minha mente ou sequer a musicalidade, não correspondendo quando me pedem para puxar um hino, embora, dentre os que cantem, não exista nenhum expoente. Creio que, dessa maneira, fica mais difícil me integrar ou me irmanar como desejaria, o que deve dificultar a conexão com o Todo. Pois fico me sentindo um estropiado que não sabe como retribuir. Nem tudo sai como a gente quer. Só com o tempo para superar essa questão.