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CAPÍTULO LXX – HONRAI VOSSO PAI E VOSSA MÃE

Honrai vosso pai e vossa mãe! Considere esta obrigação a maior! Respeite a sua ancestralidade, a sua terra natal, não peque em vão ofendendo suas origens espirituais. Siga os passos de Jesus em relação ao seu Deus Pai! Lembrando, quando na cruz, que Ele reclamou de ter sido abandonado por Deus para fazer jus a um destino tão cruel, e depois compreender o destino a Ele reservado, ainda não de seu total conhecimento.
Não há como não se encher de problemas, pois não podemos deles fugir, senão, eles vêm atrás da gente. Assim como o ingrato pode não perceber o quanto atingiu com sua ingratidão, o que se sentiu atingido também pode não se dar conta quão ingrato já foi. Bem como fazer o bem pode não ser percebido ou tão valorizado por quem o recebe. Um terreno inóspito de difícil compreensão e que envolve questões complexas como um casal que se separa e sai cada um reclamando da ingratidão do outro. Ou pais se queixando da ingratidão de filhos. Ou avós se sentindo abandonados pela família.
A septuagésima intervenção espiritual, em 4 de janeiro de 2019, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura e comentários sobre o item 3 (“Piedade filial”) do capítulo 14 (“Honrai vosso pai e vossa mãe”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Um dos mais significativos preceitos a ser seguido é honrar os pais, havendo que acrescentar ao amor o respeito, o espírito de conciliação e até a submissão, se for o caso. Rodeá-los de atenções como fizeram conosco em nossa infância. Valê-los na necessidade, principalmente no que concerne aos pais sem recursos, quando se demonstra a verdadeira piedade filial. Infelizes dos filhos ingratos que esquecem os pais que, com a vida material, lhes deram a vida moral e muitas vezes se obrigaram a duras privações para assegurar seu bem-estar. Embora alguns pais, é bem verdade, descuidam-se e não são para os seus filhos o que deveriam ser. Mas não cabe aos filhos censurá-los ou sequer puni-los, pois um dia serão pai ou mãe, se já não o são. Sede indulgentes para com as imperfeições e perdoai suas faltas!
Por isso se observa tanta gente a lamentar a perda de entes queridos que se foram sem ter tido tempo de valorizá-los como mereciam, cuidar deles conforme careciam e honrá-los na dimensão do quanto representavam para você. Cometendo uma injustiça irreparável, cuja pena é o lamentar de um tempo desperdiçado ou lágrimas que se desprendem e rolam em seu rosto, sem uma aparente razão.
Felizmente, minha auxiliar Silvana Salgado saiu aos 14 anos de idade, na década de 80, em busca de sua família no estado do Pará, valendo-se de um catálogo telefônico. Tinha sido entregue para adoção depois de concebida por sua mãe em união fora do casamento. Seu avô, prestes a morrer, ainda teve tempo de pedir perdão a ela pelo uso de mão de ferro no cumprimento de exagerados princípios morais, exilando sua neta no Maranhão. Silvana Salgado viria a construir uma bela história de vida com quatro filhos, sendo que a única mulher se casou aos 12 anos de idade.

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Antonio Carlos Gaio
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