X

CAPÍTULO LXXVIII – ESTOU TRISTE

Estou triste comigo mesmo. Me sinto pequeno demais para solver problemas humanos insondáveis. Pensei que poderia dar conta de certos desafios que surgem para nos pôr à prova. Embora não ache que essa sintomatologia negativa vá durar pois sempre fui um otimista incorrigível, é forçoso reconhecer que manter o espírito elevado, por vezes, é uma tarefa hercúlea. Cansa, desanima. E há que se considerar as constantes frequências da maldade humana e a forma como atua poder abalar suas convicções e restringi-lo a um tal estado de fragilidade, que o leva a se recolher para se proteger e defender seu estado de espírito. Isso não quer dizer interferência espiritual nem crise de fé, e sim desalento diante de provações inesperadas das quais não consegue dar conta, oriundas do que tem de mais maligno na espécie humana. Ora, se existem espíritos obsessores que vêm do Plano Espiritual nos atazanar no plano material, imagine na abundante imperfeição do mundo dos encarnados!
A septuagésima oitava intervenção espiritual, em 24 de maio de 2019, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura e comentários sobre o item 10 (“Fora da caridade não há salvação”) do capítulo 15 (“Fora da caridade não há salvação”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Se a caridade e a boa vontade para com quem mais precisa governar todas as vossas ações, a vossa consciência gritará: “Presente!”. Ela não somente vos evitará de fazer o mal, como também de desencaminhar-se. É a Luz que deve guiar o homem no deserto da vida. Nada resume melhor o seu dever como este ensinamento moral de ordem divina que rege a destinação do homem, tanto na Terra como no Plano Espiritual. Não basta uma virtude passiva, é necessário uma virtude ativa sempre expressa na ação da vontade de estender a mão. Dedicai-vos a compreender seu profundo significado e suas consequências, e nela procurar, por vós mesmos, as suas aplicações, que não são óbvias como parecem.
Qualquer que seja o culto a que pertençam, todo aquele que a pratica faz de si melhor. Levanta o seu ânimo, quando não abre um sorriso de tanto contentamento. Fortalece por dentro e recupera sua verdadeira envergadura espiritual, indispensável para enfrentar as provações. Tocando-o para fora da caverna onde se meteu ao fazer as pazes com o gênero humano.

Antonio Carlos Gaio:
Related Post

Este site usa cookies.