A Parábola do Semeador. A Parábola de um Novo Tempo. O tempo de Jesus Cristo que veio para sepultar o direito de matar em retaliação a quem tirou a vida de um dos seus e a sacramentar que não se deve confundir a onipresença de Deus com o ensejar de versões diferentes proliferando pelo planeta, de igual modo às diversas facetas que o ser humano assume na Parábola do Semeador, para nada semear, nada produzir, nada frutificar, não passando, aí, de letra morta.
Começando por aquele que saiu a semear e deixou sementes caírem ao longo do caminho, dando margem aos pássaros do céu virem e comerem-nas. Ouviu a palavra de Deus, mas não prestou a menor atenção, surgindo o Espírito mau que arrebatou o que se havia semeado em seu coração.
Outro punhado de sementes caiu dentre as pedras onde não havia muita terra. Com o tempo, o sol foi queimando e, como não tinha raízes, secou. Este ouviu a palavra e a recebeu na mesma hora com muita alegria, mas como não tinha raízes em si, a semeadura durou pouco tempo.
Fora as sementes que se direcionaram para os espinhos, sendo sufocadas pelo meio hostil. Tornou-se infrutífero ter ouvido a palavra, arrastado pelas falsas ilusões derivadas do apego ao acúmulo de riquezas.
Por fim, a terra que dava frutos acolheu as sementes e proporcionou grãos para a boa colheita. Aquele que ouve a palavra, lhe dá atenção, gera frutos e a semeadura se fará sentir em seu destino.
A nonagésima quarta intervenção espiritual, em 3 de janeiro de 2020, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura e comentários sobre os itens 5 e 6 (“Parábola do semeador”) do capítulo 17 (“Sede perfeitos”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Melhor se faz se descortinarmos onde a aplicação da Parábola do Semeador incomoda. Não seria o símbolo daqueles que apenas se apegam aos fenômenos materiais, e deles não conseguem tirar nenhuma consequência proveitosa? Unicamente um objeto de curiosidade? Por chamar a atenção dos que procuram o lado brilhante nas comunicações dos Espíritos, interessando-se tão somente enquanto lhes satisfazem a imaginação, mas que, após ouvi-las, continuam frios e indiferentes como antes? Daqueles que acham os conselhos muito bons e os admiram, desde que aplicados a outrem, e não a si mesmos?