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CAPÍTULO XVI – TORNAR-SE UM ESPÍRITO DIFERENTE DO QUE TEM SIDO

Cultivar novos valores para se sentir um espírito diferente do que tem sido. Se você não cultivar valores espirituais como, por exemplo, maior generosidade e compreensão no tratar com os outros, não vencerá a barreira para se tornar um espírito diferente do que tem sido. O meu amigo Lauri perguntou-me no que consiste apropriar-se do sonho de ser diferente do que tem sido. Significaria trazer para a prática o que tem pensado em fazer e ainda não pôs em marcha, por falta de coragem ou precisar de mais ganas por fazer. Ultrapassar o obstáculo de a cada dia se restringir mais em virtude de não vislumbrar novas chances ou escolhas, as coisas simplesmente acontecem independentemente de nossa vontade, e ponto final. Vencida essa etapa, certamente será um espírito bem diferente do que tem sido. Ainda vai faltar muito mais por fazer, mas não importa, pois você já se tornou um espírito diferente e daqui para frente vai ser mais difícil ainda com novas empreitadas que surgirão, com a diferença de que você não é mais o mesmo e está mais feliz consigo.
Porque transmutou a provação das dores em crescimento da compreensão dos caminhos da vida, aceitação da realidade e serenidade para lidar com ela. Paga-se um preço alto por ficar indiferente à dor, seja física ou moral, que vem para nos salvar. Depende de como a tratamos, se demonstramos um alto grau de descrença e de não enfrentamento para vergar a rigidez de ponto final em qualquer assunto. Sempre temos escolhas, que podem não ser as ideais, mas factíveis de interagir com o destino, se nos mostrarmos sensíveis e maleáveis.
A décima sexta intervenção espiritual, em 18 de março de 2016, se iniciou com cânticos para abrir caminho para os espíritos curadores e a leitura dos itens 7 e 8 (“O advento do espírito de verdade”) do capítulo 6 (“O Cristo Consolador”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Não vale a pena sentir inveja dos ricos se, frequentemente, são os mais miseráveis, porquanto suas provas costumam ser as mais perigosas e traiçoeiras. Abalam, quando não secam a fonte da fartura, despindo-o de seu status ao remover seu caráter de inexpugnável, para fazê-lo entrar em contato com a humildade, desopilado da opulência. Por isso, os fracos, os sofredores e os enfermos são os filhos prediletos do grande médico das almas, que vos trará o remédio que vos deve curar. A vós que estais sobrecarregados, sereis aliviados e consolados. Não procureis em lugar nenhum essa força e consolação, pois o mundo é incapaz de dá-las. Que a impiedade, a mentira e a incredulidade sejam eliminadas de vossas almas doloridas, porquanto sugam o vosso sangue mais puro e provocam feridas quase sempre indeléveis. Sede dóceis aos inúmeros chamamentos do Espiritismo; escutai-O e invocai-O do fundo do coração, pois Ele virá para vos consolar e instruir-vos sobre o que fazer para cultivar novos valores e se sentir um espírito diferente do que tem sido.
Devotamento e abnegação resumem sua causa e para com todos que o fazer bem ao próximo e a humildade impõem, ao invés de gritar no deserto contra as dores, os sofrimentos morais a que estamos sujeitos aqui na Terra, que constituem a nossa herança a ser enfrentada. O consequente sentimento do dever cumprido nos dará a tranquilidade de espírito e a resignação, quando a alma se acalma e o coração se tranquiliza, em virtude de o corpo ser menos atingido pelos golpes recebidos quanto mais fortalecido se sente o Espírito.

Antonio Carlos Gaio:
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