Meu amigo Lauri ficou intrigado porque sonhei com uma amiga, desconfiei que ela tinha morrido e que aquilo seria um aviso, imediatamente me dirigindo ao seu prédio para me certificar. Como ele nunca foi atrás de seus sonhos para desvendá-los, indagou-me do porquê de minha “disposição, interesse e ação em desvendar os mistérios”. Deve-se ao fato de, nos anos 1990, ao me iniciar como escritor, considerar que o acúmulo de situações e fatos que foram desabando sobre mim ao longo de minha vida, familiar ou não, algumas vezes me saindo bem, outras de forma desastrosa, tinham um perfil que mereceriam uma abordagem mais corajosa, sendo vazados para minha literatura sem que os leitores se apercebessem por ser difícil juntar os cacos. Facilitado por assumir minha espiritualidade por ocasião de quando escrevi meu melhor livro de 1996 a 2002 (“Parábola de um Novo Tempo”), já que, para escrevê-lo, meu pai se conectou comigo, vindo eu a transformá-lo no meu principal personagem. Foi no século XXI que comecei a interpretar qualquer sinal no dia a dia e durante os sonhos, quando fui procurando montar esse quebra-cabeça. Tarefa difícil, mas que ajuda bastante a me espiritualizar, a ver mais claro como são os seres humanos, a ter mais paciência, e compreender como reagem em suas trajetórias, não mais replicando como antes para evitar conflitos. Abrindo espaço para sobrevir mais mistérios a desvendar, o que é muito bom, por me propiciar períodos mais largos de paz espiritual a investigar por que certas coisas acontecem, contribuindo para expandir minha intuição.
Estou fazendo o que posso para aprimorar minha evolução espiritual sem me poupar um minuto sequer, incansavelmente. Principalmente depois do câncer.
A trigésima nona intervenção espiritual, em 23 de junho de 2017, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura e comentários sobre os itens 19, 20 e 21 (“É permitido repreender os outros?”) do capítulo 10 (“Bem-aventurados os que são misericordiosos”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Cada um de vós deve trabalhar para o progresso de todos com os maiores cuidados possíveis e principalmente para aqueles cuja proteção vos está confiada. Mas isso é uma razão para o fazerdes com moderação e um objetivo útil e não como se faz, na maioria das vezes, pelo prazer de desacreditar, de rebaixar. O ideal é não repreender já que repudiamos quando dirigida a nós, rejeitando analisar se não a merecemos também. O certo é que hoje me entendo com meu pai muito melhor espiritualmente do que quando me repreendia em seu papel de progenitor e formador de caráter, quebrada a hierarquia e a noção de dever que rege os encarnados, e prevalecendo a igualdade entre espíritos.
Deixe um comentário