Aconselham-nos a dormir durante a intervenção espiritual para que os efeitos se façam sentir. Pela primeira vez, só despertei, não sem uma certa dificuldade, quando foram me tirar do sono como, aliás, é de praxe a todos que se submetem à intervenção, ao final dos trabalhos. O curioso é que corri o risco de não conseguir me relaxar devido a uma gripe que se instalou em mim com nome e sobrenome, que se diluiu e perdeu completamente o sentido, sem maiores ressentimentos, não interferindo em minha tranquilidade – a magia da intervenção espiritual.
Talvez porque ressaltei na quadragésima quarta intervenção espiritual, em 1 de setembro de 2017, no comentário sobre o item 10 (“A Lei de Amor”) do capítulo 11 (“Amar ao próximo como a si mesmo”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, a importância de sair do ninho da família biológica para tentar ir de encontro à grande família humana e abraçá-la. No intento de sermos mais humanos com os desconhecidos com quem cruzamos ou a quem não damos o menor relevo, quando os encontraremos numa outra época em um mundo mais avançado. Não cabendo gratuitamente enjeitar ou repudiar nenhum filho de Deus, predestinado a também se elevar, negando-se a oferecer justamente o que Deus lhe deu de mais sagrado, que é o amor.
O mundo parece estar regredindo em todo o planeta num estonteante surto conservador marcado pelo ódio e intolerância, com a supressão dos direitos humanos, dos direitos do ganha-pão do trabalhador e no direito de ir e vir, ao virarmos as costas para os refugiados de continentes e rincões extremamente pobres ou em guerra, quando não tem nem cem anos que os imigrantes eram muito bem recebidos no Brasil, nos Estados Unidos, em Israel.
Assim como passou a ser aceita uma grande quantidade de novas ideias sobre a espiritualidade, até então rejeitadas. Da mesma forma, daqui a cem anos, aceitareis com a mesma facilidade outras ideias que ainda não puderam entrar na vossa cabeça, pois obedecem a um traçado fixo e invariável para a semeadura produtiva propiciada por ideias progressistas. De maneira que as causas de desentendimento entre os seres humanos decresçam substancialmente mediante a convergência de seus interesses materiais e espirituais, quando se descobrir o verdadeiro sentido das dores e o mérito de ser consciencioso, leal e honrado, fazendo pelos outros o que se deseja para si mesmo. Elevando-se acima da matéria, ao propiciar campo para a espiritualidade ganhar seu coração e o abraçar antes mesmo de deixar o corpo terrestre. Tendo em vós a compreensão do futuro sem as limitações da matéria que costumam embaçar vossa visão, e não mais desperdiçando tempo em condenar o vosso próximo com rara frequência.
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