Com que propósito e qual a conexão entre dois fatos absolutamente antagônicos como renascer do ataque violento do câncer, fogo selvagem e infarto ao longo de 2015 e eu lançar, em maio de 2016, um livro logo sobre suicídio? Escrito em coautoria com Lenita Bentes, intitulado “Suicídio: um ato e muitas versões”. Depois de receber uma mensagem espírita de minha avó, Marietta Gaio, de 30 de abril de 2016, me saudando com: “Obrigada ao neto Antonio Carlos que abriu os olhos para a luz! Nossas orações o despertaram!”.
Não é fácil interpretar o que nos é reservado, mas se abrir os olhos para a luz, resplandeça! Irradie esta luz por onde passar. Luz que alumiava o caminho se das trevas procede e começou a brilhar desde quando você transcendeu, ao opor menor resistência no defrontar com barreiras consideradas intransponíveis à época. Agregando à sua vida maior alegria. O seu Eu ganhou letra maiúscula, naturalmente entregue ao amor pelos outros, e destemido também. Não mais precisa se valer de uma circunstância externa aleatória para se sentir alegre. Mudanças foram acontecendo num ritmo impressionante e se ajustaram ao seu Eu a par e passo com o nível de consciência que foi adquirindo, o que permitiu absorver, em maior quantidade, cargas renovadas de luz que se distribuíram ao longo de seu perispírito, alcançando níveis de informação que nunca poderia imaginar.
Extremamente difícil avaliar o que está mudando, apenas tem de confiar no acesso a novos padrões de consciência a que galga enquanto progride. Sentir que sua intuição está aumentando e que se expande seu grau de sensibilidade, afinal de contas, o intercâmbio intuitivo é o grande fenômeno mediúnico do qual nos servimos com mais frequência no dia a dia. Fisicamente você está se adaptando aos desconhecidos sintomas da transcendência, que exigem energia e concentração.
Lembremo-nos de que nos dias atuais segredos ocultos da humanidade e do planeta estão sendo desvendados e trazidos à luz de surpresa, de forma a abrir espaço para criar um tipo de vida que você há muito tempo buscava para si. Podemos trabalhar junto com os espíritos, sorrir e chorar também juntos, embora muitas vezes eles estejam a secar nossos rostos, cujas lágrimas, sejam de saudades ou de tristezas momentâneas, atrasam as obras eminentes.
A vigésima primeira intervenção espiritual, em 27 de maio de 2016, se iniciou com cânticos para abrir caminho para os espíritos curadores e a leitura do item 11 (“O orgulho e a humildade”) do capítulo 7 (“Bem-aventurados os pobres de espírito”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Todos nós, encarnados, que estamos em provação e procuramos a luz, esquecemos da humildade e dos exemplos que nos têm sido dados e que são pouco seguidos. Quando a humildade iguala os homens e lhes mostra que são irmãos e que devem se ajudar mutuamente. Sem a humildade, apenas vos enfeitais de virtudes que não tendes, como se vestísseis uma roupa para ocultar as deformidades de vosso corpo. O orgulho é o terrível adversário da humildade. Os poderosos da Terra imaginam que seus títulos e riquezas são recompensas que decorrem de seu mérito, e que sua origem é mais pura do que a do pobre, acusando Deus de injustiça quando Ele retira de suas mãos as riquezas acumuladas. Acaso o Criador fez duas espécies diferentes de homens?
Rico? Não é teu irmão, teu semelhante, o infeliz que passa fome estirado na sarjeta? Concordarias em lhe dar uma esmola, mas nunca em lhe apertar fraternalmente a mão, pois teu orgulho se revoltaria. Assim pensas, se fossem iguais, por que Deus teria colocado o pobre tão baixo, e o rico, tão alto? Quem te garante que um dia não pedirás esmola àquele mesmo que desprezas hoje? Se não acabam para ti as tuas riquezas que imaginavas eternas, como o corpo envoltório perecível de teu Espírito? Volta-te sobre o que provoca a superioridade e a inferioridade em seu semelhante. Não te feches em teu orgulho, curva a fronte altaneira, que Deus pode te rebaixar no momento em que a elevas mais alto. Todos os homens são iguais, todos os Espíritos possuem a mesma origem e todos os corpos são moldados da mesma massa, nem posses nem sobrenomes os mudam em nada, e nem lhes garante a felicidade prometida aos eleitos. Apenas as virtudes os distinguem.
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