O Ministério da Saúde anuncia: nesse Carnaval, vai passar! Você faz jus a um sachê de gel lubrificante, mas somente se for homossexual, travesti ou mesmo profissional do sexo. O grupo mais vulnerável à infecção do HIV.
O lubrificante torna mais seguro o uso da camisinha na relação anal pois, caso fure, o gel impede a contaminação. Além de substituir a superada vaselina, evitando o atrito que tanto atemoriza aos que julgam, sem provar, o esporte mais antigo do mundo. Assustando amadores detratores, que depreciam o plano B do sexo por não ser a via mais natural, provocar incômodo à primeira vista, temores infundados face à fricção e, mais modernamente, com a intrusão da AIDS, prejudicar a abertura de novos canais sexuais, que aumentariam as chances de o amor arder de paixão.
Doença por doença, preferível as hemorróidas.
Embora o gel não tenha como objetivo garantir mais conforto aos tarados pelo sexo anal, unindo o útil ao maravilhoso, o Ministério da Saúde não se esqueceu das mulheres na menopausa. Elas perdem a umidade natural da vagina, que desperta o afrodisíaco em conjugação com o devasso. Afinal de contas, também são filhas de Deus!
Pronto, liberou geral! O Ministério da Saúde rendeu-se ao óbvio, embora a demanda nacional prevista seja de apenas 30 milhões de sachês. O gel atuará como coadjuvante facilitador nas relações anais, querendo os crentes ou não.
É inevitável, relaxa e goza. Se for capaz.