A mídia contempla a dificuldade da ministra Dilma de se dirigir ao povo. Ainda mais por defender a continuidade da era Lula, que dispensa maiores aptidões. A não ser a inevitável comparação com o carisma de Lula. Dilma exagera no “entende?”, que Pelé notabilizou. Dilma tem que perder a fisionomia de executiva que dá esporro nos subordinados e transparecer que é maleável e virou política. Mas o Serra no palanque não é nenhuma Brastemp, com seus olhos cavernosos de eterno insone. Pior vai ser detalhar o que porá no lugar do Brasil pós-Lula. Poderia pedir emprestado ao Ciro o discurso, no fundado desejo de ao menos a plateia ouvir suas palavras, à espera de quando virá o destempero e os palavrões. Convenhamos, a postura de congregado mariano de Marina, diante do futuro de todo presidente, obrigado a fazer acordos políticos para se manter no cargo, não é de todo animadora e suscita a dúvida: até quando?