Bill Clinton está entre a cruz e a caldeirinha. Ou recolhe-se à insignificância de apenas ser o príncipe consorte de Hillary, como a nova Condoleezza Rice, no posto de Ministra das Relações Exteriores dos Estados Unidos da América de Obama, privilegiando a carreira política da mulher, ou simplesmente não desiste de sua Fundação Clinton, para a qual coleta doações destinadas a obras de caridade, sem o menor constrangimento de bater na porta até de países árabes – amigos, amigos, Osama bin Laden à parte. Não pode haver conflitos de interesse entre o exercício do cargo e os negócios familiares. O mais difícil é Clinton abrir mão de suas palestras, onde chega a beliscar US$ 400 mil a unidade, fora despesas de viagem e o staff administrativo. Por que não consulta seu discípulo palestrante, mão-de-vaca inveterado e que não dispensa palpite sobre o que for? Decerto que FHC não irá cobrar.