Na medida em que não foi possível emplacar seu nome à cabeça de uma chapa petista para presidente, Ciro Gomes condena o PT, que trocou a política pela ética e transformação da sociedade brasileira por um excesso de pragmatismo, que juntou alho com bugalho e privilegiou gente que é o oposto de tudo com que sonhamos. Como ministro de Lula, irreconhecivelmente quieto. Fora do poder, não quer ser mais sublegenda de ninguém e abriga-se no tradicional discurso ético, com a agressividade que caracterizava o Collor, ao pretender dar um fim na política de alianças, de cargos e privilégios que vêm no rabo das eleições. O petismo xiita cuspia críticas de montão, que vieram lhe cair na testa, enquanto Ciro cospe marimbondo, na missão de fiscal implacável dos costumes, com a autoridade de quem não se vendeu nem se rendeu aos podres poderes da política.