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COM A CONDENAÇÃO DE LULA, O BRASIL SE NIVELA AO PARAGUAI E HONDURAS

Nós contra eles, a declaração de Lula contra a elite. Eles ganharam ao impedir que Lula se candidatasse a presidente, com os desembargadores de segunda instância formando um cartel para dar uma sentença unânime condenado Lula combinando o voto, senão com a presença de Moro formando a quadrilha golpista, acobertada pela lei. Eles não conseguiram achar nem um defeito na sentença do Moro, que já era um escândalo. O segundo ato da grande farsa desde o impeachment. O Judiciário brasileiro assume o papel de cúmplice do golpe. No atual Judiciário brasileiro não há condições para Lula ser julgado por uma Justiça honesta e limpa. Um Judiciário assim aniquila qualquer possibilidade de justiça e paz social. O suposto dinheiro da propina gasto em reformas de um tríplex que nem era de Lula, e de que nem Lula pôde desfrutar, pois sequer nele entrou. Tirado de uma conta corrente de propinas para o PT, que ninguém se preocupou em provar sua existência. E que nem mesmo esse dinheiro veio da Petrobras. Então, cadê a Lava-Jato? Configurando a tal da ditadura do Judiciário, com todos satisfeitos em exercer seu papel de carrascos porque a classe de magistrados constitui uma casta que ganha bem e tem privilégios. Os velhacos conseguiram inverter as regras do jogo: a Lei da Ficha Limpa foi um tiro no pé da esquerda e da ala do Congresso verdadeiramente comprometida contra a corrupção. Tanto que o Jornal Nacional fez matéria gozando com a cara deles pedindo o cumprimento da Lei ao exigir prisão para Lula. O Brasil se nivela ao que tem de mais atrasado – Paraguai e Honduras -, que já se utilizaram de golpes parlamentares e efetuaram prisões à margem da lei, conforme o consensual de seus Congressos e Judiciários servindo a mesa ao gosto da classe política que queria ver eliminados projetos sociais e de inclusão, não sem cortar a cabeça de líderes como Lula, que instabilizam o status quo da canalha que deseja perpetuar os cordéis com que costumam manipular suas marionetes, suas presas, o povo a quem se dirige.

Antonio Carlos Gaio:
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