Com qual fantasia para destacar-se entre milhares de pessoas no Carnaval não sai da cabeça do folião, ainda mais se tem fogo no rabo. Dividido entre a possibilidade de fazer críticas bem-humoradas ou só quero apenas me divertir. Se tem ao seu alcance imitar personagens famosos ou abraçar sátiras políticas e sociais. Se o brasileiro é um artista especializado em meme e dar caneladas, o que dá um bom caldo para fantasias.
Muitas vezes você abre o armário e vê peças que não pode mais usar, tendo que improvisar juntando partes desconexas. Maiôs, blusas e acessórios brilhantes e coloridos, sem uma imitação ou mensagem específica. A chamada não fantasia ou roupa de Carnaval.
A extravagância ou a representação imaginária mais ou menos criativa, que reflete o momento da sociedade mais fluido e livre, em que se pode ser o que quiser, misturando referências e gêneros, fugindo às acusações de apropriação cultural de não poder mais sair de índio ou de baiana.
Definindo uma estética, a figura sem existência real, sem que haja um tema a se impor. O folião quer ficar bonito, diferente, colorido e confortável no Carnaval. Você está efetivamente fantasiado, mas não sabe dizer de quê. O que combina à perfeição com a diversidade sexual que irrita os conservadores de plantão, obrigando-os a se recolherem a seus aposentos ou começarem a saborear da fruta.