O mundo espiritual ocupa o mesmo espaço do mundo físico, só que numa densidade diferente e vibrando numa frequência distinta e, por isso mesmo, impossível de ser detectado pelos nossos sentidos físicos, salvo se a psicografia entrar em ação.
Ao contrário do que muitos pensam, o mundo espiritual não é uma galáxia à parte, totalmente separada do mundo material em que vivemos. Embora nos pareça que constitui outro universo. Quando o Universo é um só e todos nós, encarnados e desencarnados, habitamos esse mesmo Universo e estamos sujeitos às mesmas leis. Na verdade, temos uma relação constante, próxima e intensa com o mundo espiritual, que interpenetra o mundo físico, interage com ele, influencia-o, ao mesmo tempo em que recebe suas influências.
O que diferencia encarnado de desencarnado é o padrão vibratório de energias. Encarnados, temos vibração mais pesada, mais densa, mais lenta, como se fôssemos uma carroça alquebrada que se arrasta para se locomover. Desencarnados, temos uma vibração mais sutil, mais leve e mais ágil, que se torna mais e mais sutil, fluida e vibrátil à medida que evoluímos espiritualmente.
Embora o mundo espiritual não possa intervir de forma explicitamente mais direta no mundo físico, a não ser em casos especiais, pode interferir, e muito, nos padrões energéticos. Se todos nós, encarnados e desencarnados, dividimos o mesmo “lugar” no Universo, separados apenas por diferenças vibratórias, e somos capazes de ativar energias com o pensamento, fica claro que estamos todos sujeitos às influências mentais uns dos outros. A energia movimentada pelo pensamento pode viajar e alcançar facilmente o mundo dos encarnados, bem como atingir quase tudo que existe no Universo, penetrando em sua essência desde que na mesma frequência vibratória. Desse modo, a nós, encarnados, é facultado interagir com os pensamentos dos espíritos desencarnados à nossa volta. Eles podem ver nossos pensamentos, saber o que sentimos, estar a par de nossas intenções mais íntimas e secretas, perceber nossos desejos, defeitos, qualidades, enfim, tudo. Enquanto nós podemos nos aperceber, ainda que de forma imprecisa, dos planos, das aflições e das saudades dos desencarnados que nos rodeiam.
É óbvio, tamanha a interação espiritual, que devemos estar atentos a toda sorte de mensagens que os espíritos desencarnados nos enviam. Que tipo de recado costumamos atrair? Não podemos esquecer que, embora aqui encarnados, sempre seremos espíritos, cujos pensamentos também povoam o universo espiritual do qual fazemos parte, em estreito convívio com o pensamento dos desencarnados. Como, então, diferenciar os pensamentos do mundo físico daqueles que nos são soprados? Os primeiros nos vêm à cabeça, quase por impulso, sem que seja necessário raciocinar ou articular logicamente para que eles apareçam. Já os que nos são sugeridos surgem de forma pronta e acabada, bastando anotar para não perdê-los, à semelhança da psicografia. Como se uma segunda voz falando em nossa mente, levantando contrapontos ao pensamento originalmente estabelecido.
Assim, por mais sós que possamos nos sentir, na verdade, nunca estamos realmente sós. Mas os espíritos só entram em contato com quem têm afinidade ou alguma sintonia vibratória. Se forem esclarecidos, porém, podem penetrar com mais profundidade nas mentes humanas encarnadas.
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