Por vezes, Dilma se perde nos debates. Explica-se mal. Não concatena bem a argumentação. Até onde levam essas críticas? Desqualificar Dilma para declará-la despreparada como tentaram com Lula, quanto ao seu nível de instrução. Para depois Lula ser reconhecido no mundo inteiro como grande estadista. Enquanto isso, Aécio se esquece que estamos olhando para sua cara na TV e nos apercebemos de seu sorriso cínico e superior, quando imagina estar em vantagem, o que causa uma aversão quase subliminar nos espectadores que não são seus seguidores. O mauricinho do Leblon se acha o fodão só porque pensa que sabe mentir na hora certa e ninguém notar. Refletido pelo cacoete de um sorriso com escárnio, no instante em que sente estar ferrando com Dilma. Quando, para debater, é preciso ter ideias, conteúdo e honestidade de propósitos. Enquanto Aécio não mudará seu tom, Dilma, por não se enquadrar no perfil de político tradicional, vai ter que se superar para controlar seus nervos e poder dizer o suficiente e necessário para desconstruir o personagem de Aécio, que fala em decência como se coroinha tivesse sido. Não deixando morrer na praia assuntos que transtornam a moralidade pequeno-burguesa de Aécio, mentalidade que Dilma conhece bem, por ele exaltar os valores da família e apostar na especulação financeira para se dar bem, presentes na ditadura militar que enfrentou e que a levou ao cárcere e torturas.