Sempre amei o refrão “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”, da Legião Urbana, mas não tinha parado para analisá-lo sobre todos os prismas. Precisamos amar não só mãe, pai, familiares e amigos antes que eles ou a gente morra. Em era de amores líquidos, também precisamos amar os peguetes, por mais periguetes que eles sejam, como se não houvesse amanhã.
E isso não quer dizer transar como se não houvesse amanhã, embora até possa dizer, dependendo do caso. Quer dizer que, ao invés de a gente ficar criando expectativas (que não serão correspondidas) e alimentando raiva e se vingando justamente porque as expectativas não foram correspondidas, seria muito melhor a gente curtir a pessoa com tudo que ela tem de bom (todo mundo tem algo de bom) e dar o que a gente tem de bom como se não houvesse amanhã, porque em terra de amores líquidos é justamente a expectativa do amanhã que estraga o hoje, e se ” na verdade não há”, melhor amar hoje, mesmo que seja só hoje. Só temos o hoje mesmo. O amanhã quando chega já é hoje, não é mesmo?
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