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CONDENAÇÃO DE LULA É UM DOS MAIS CRIMINOSOS ERROS JUDICIÁRIOS JÁ COMETIDOS NO BRASIL

O artigo do jornalista e escritor Alex Solnik, de 14/07/2017, que eu gostaria de ter escrito:
“Lula foi condenado por ser dono de um apartamento onde não passou uma noite sequer, nunca morou e do qual não tem a escritura. Nem ele nem sua mulher.
Nenhum juiz sério levaria adiante um processo no qual um ex-presidente da República é acusado de chefiar a quadrilha da corrupção da Petrobrás e a contrapartida que obteve em oito anos de mandato foi um tríplex de 200 metros quadrados no valor de 1 milhão, enquanto um diretor da Petrobrás amealhou mais de 100 milhões de dólares no mesmo período. Os números atribuídos a Lula não se coadunam com a importância que lhe dão na “estrutura criminosa” e são ridículos perto de personagens abaixo dele na hierarquia política, como Sergio Cabral e Eduardo Cunha, para citar apenas dois. Ou ele era um capiau em matéria de corrupção e aceitava se vender por pouco ou estamos diante de um dos maiores, mais graves e mais criminosos erros judiciários da história brasileira. Nenhuma prova material, nada além de narrativas como “o apartamento foi prometido para Lula” ou “todos sabiam que o apartamento era de Lula”. Nove anos de prisão por ter recebido um apartamento que nunca recebeu e por lavar dinheiro que nunca viu é a sentença mais sem pé nem cabeça da Lava Jato. Uma condenação e uma pena pesada caberiam se a força-tarefa tivesse encontrado as contas de Lula na Suíça ou flagrado algum braço direito carregando malas de 500 mil reais para ele. Se o delator tivesse dito, ao menos, que Lula exigiu ou pediu o apartamento. Nem isso. Disse apenas que “o apartamento foi prometido para Lula”. Tudo muito vago. É o maior erro que um juiz já cometeu no Brasil porque não se trata aqui apenas de uma sentença injusta contra um cidadão, mas contra o maior líder popular do país.”
Todo juiz tem o direito de errar. Mas errar e se expor tanto ao nível da mediocridade e do inescrupuloso é sinal de que há um outro processo em curso sendo urdido na sequência do golpe por uma quadrilha que ainda aceita adesões, cujos chefões ainda desconhecemos. Mas se desconfia.

Antonio Carlos Gaio:
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