Detentos ganham o direito de ingressar no sistema aberto, em que saem da prisão de dia e voltam para dormir de noite, e aproveitam para escapar. O benefício é concedido se o traficante por exemplo for primário, tiver cumprido 2/5 da pena (3/5 se for reincidente) e com bom comportamento (o que é obrigação). Sem contar que a malandragem opera também no Natal e no Dia das Mães para sumir. Será que não bastam os ladrões e assassinos que andam à solta nas ruas das grandes cidades e que ainda não foram presos? Afora os psicopatas que desconhecemos! Crimes hediondos exigem cumprimento pleno das penas com zero de regalias. Senão a justiça é capenga e se arrasta para o bueiro mais próximo. Tem recuperação o sujeito que burla o benefício para ser reconhecido como o que vem assaltando várias residências? Se a medida foi adotada para evitar a superpopulação nos presídios e as consequentes tentativas de fuga, o tiro saiu pela culatra, literalmente. Rapidinho, eles reaparecem armados ao lado de outros traficantes. No intento de humanizar o tratamento da população carcerária e de pôr o estuprador no caminho do bom samaritano, falta um mínimo de juízo de quem libera os aplicadores da lei, por mal examinar a ficha suja de quem não titubeia em nos matar para roubar um Rolex de ouro. Provavelmente, devem considerar um delito menor os jogadores Emerson Sheik (Corinthians) e Diguinho (Fluminense) e mais o pagodeiro Belo e o cantor Latino comprarem carros usados dos EUA (o que é proibido) como novos e a preços abaixo dos de mercado, colaborando para a lavagem de dinheiro da máfia de caça-níqueis.