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CONDUÇÃO COERCITIVA

A condução coercitiva para Lula depor na delegacia do Aeroporto de Congonhas, na verdade, era para levá-lo preso para Curitiba. Embarcá-lo clandestinamente para a Guantánamo II (Curitiba) e perpetrar um golpe midiático em conluio com a Globo contra o PT e a presidente Dilma. O advogado de Lula denunciou que não tivera acesso a seu cliente durante boa parte da clausura em Congonhas. E por que Lula não foi posto no avião? É o grande mistério. Há algo de podre para a imprensa fazer questão de ignorar – ou esconder. Um sinal claro de que a viagem forçada do ex-presidente foi abortada por alguma ordem superior? Por que o juiz Sérgio Moro teria “amarelado”? Por que faria ingressar o Brasil num clima de confronto? Ou por que a simples prisão de Lula, sequestrando-o de sua casa às 6 da manhã para conduzi-lo num carro de polícia, já tinha surtido o efeito necessário para incendiar as manifestações de 13 de março em favor do impeachment? O juiz Sérgio Moro é um incendiário? Ou porque já estaria consumado o grau máximo de perversidade contra o povão? Afinal de contas, Lula é seu fiel representante por ter elevado sua autoestima ao contribuir decisivamente para aumentar seu padrão de vida, facilitar o acesso à casa própria e melhorar seu nível de educação. A divulgação da suposta delação do senador Delcídio Amaral, no dia 3 de março de 2016, comprometendo Lula e Dilma com acusações gravíssimas e a operação da Lava Jato que, no dia seguinte, prendeu Lula guardam uma estreita correlação para desestabilizar o governo, depor a presidenta e impor um “impeachment cautelar” em Lula. Foram dois duros golpes que ensejariam o verdadeiro golpe a ser desfechado, o golpe branco, organizado por gente graúda, com dinheiro grosso e mais corruptos do que aqueles a quem acusam. Para substabelecer um regime de engorda do mercado há muito tempo apartado do poder que relegará as conquistas sociais ao final da fila.

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Antonio Carlos Gaio:
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