Donadon, o deputado federal por Roraima, não foi cassado pelos seus pares, apesar de já estar preso no presídio da Papuda. 131 votaram contra a cassação, 54 se abstiveram e 50 não foram à Câmara ou 470 estavam na Casa, 459 registraram presença e 405 votaram. Se a Câmara não quiser enterrar o resto de credibilidade, tem que acabar com o voto secreto antes de chegar a hora dos condenados no julgamento do mensalão. O 7 de setembro vem aí e os manifestantes em Brasília, especialmente atuantes, podem dar o seu grito de independência ao declarar guerra contra os congressistas, não sendo absurdo partir para a depredação do símbolo da democracia. Os eleitos, pela força do mandato, se julgam um poder independente à prova de povo que, por força de seu perfil corrupto em sua enorme maioria, até porque disputam pelo poder encarniçadamente chegando às raias do desequilíbrio, não se dão conta de que assim agem, corporativamente, em defesa própria, com medo de que um dia, mais cedo ou mais tarde, serão algemados e submetidos a julgamento por improbidade, no mínimo. Assim sendo, só lhes resta se tornarem verdadeiros kamikaze.
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