Os deputados em Brasília não têm limites para desmoralizar a si próprios, a instituição e a democracia. Nem mesmo diante do vídeo que flagra Jaqueline Roriz pondo suas mãos de gato em 50 mil reais no mensalão do DEM no Distrito Federal. Baixou o espírito de preservação em suas excelências para não abrir o precedente de cassar parlamentares por crimes praticados antes de conquistar o mandato. Um artifício para permitir que os deputados tomem posse a despeito dos inúmeros problemas na Justiça que costumam portar em sua ficha curricular. E se tivesse cometido um assassinato, estupro ou ato de pedofilia? Os eleitores de Jaqueline votaram nela desconhecendo o vídeo em que ela meteu a mão onde não devia. Embora o sobrenome Roriz seja uma grife que não deixa dúvida. Apenas 166 deputados votaram em favor da cassação; o resto foi conivente ou se omitiu ou estava em outras bandas. Por que, com o poder adquirido, quem nos representa tem uma tendência a se corromper, assenhorear-se do que não é seu e menosprezar quem lhe é inferior? O povo!