O canalha do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, simplesmente não sabe como entrou no esquema da corrupção investigado pela Operação Lava Jato na Petrobras. A não ser fazendo uso de um malabarismo de palavras, como se fosse um artista de circo: “Quase sem se aperceber – explicando para o juiz Sergio Moro -, a propina vai surgindo e, quando a gente vê, está no meio do processo. Inclusive, no início, eu considerava como comissão e não propina (passaram pelas suas mãos R$ 307 milhões). Se foram os diretores da Petrobras que pediram dinheiro às empresas ou foram elas que ofereceram altas somas aos executivos, não sei precisar. É uma coisa que vai acontecendo dos dois lados. Tanto um oferece, quanto o outro recebe, estreitando o relacionamento. Não tem uma coisa que liga (com o cínico se fazendo de abestalhado). O que mais se ouvia nas reuniões é a empresa reclamando que não consegue receber, aditivo que não sai, por que não chegou em primeiro na licitação ou por que foi passada para trás. Propina é uma questão endêmica”. E a culpa é sempre do tesoureiro do PT. Com esse alto nível de delação, Barusco conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade. Só será condenado de 3 a 5 anos de cadeia, se for. E isso daqui a 10 ou 12 anos quando o processo chegar ao Supremo com a notável celeridade da nossa Justiça, o que lhe é peculiar. Provavelmente, Gilmar Mendes o inocentará com seu imenso coração, sempre apto a perdoar e a soltar cidadãos de sua confraria.