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CONTRA O ABSOLUTISMO DO OUTRO

E quando deixei
De querer ensinar
E só fiz aprender.
Quando deixei de julgar
E me esmerei em entender.
Quando mais do que esperar,
Fui lá e fiz por merecer.
Quando percebi que éramos,
Sempre e tanto,
Tão diferentes,
Eu e você.
Eles, elas e os outros.
Que cada um está num corpo,
Tem uma história,
Sente de um jeito
E que nada é defeito,
São apenas vivências,
Diferentes experiências
E aprendizados.
Foi então que consegui olhar
Pra frente e pros lados
Sem esquecer que eu
É que tenho o controle
Do que está aqui dentro.
E é isso que muda tudo,
Que me dá a noção certa
De que estou no mundo
Não para reagir ou fugir,
Mas para encarar e amar
E agir conforme eu penso.
E que dispenso “vitimismo”
E o absolutismo do outro.
Eu sou responsável
Pelos meus próprios atos
E este relato é só poesia
Da minha alegria
E não filosofia ou conselho.
Sou eu, me olhando no espelho.

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Mariana Valle:
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