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COPA DO MUNDO DE 2022 – CATAR – BRASIL 1×0 SUÍÇA

O mesmo futebol de Camarões pode ser instável para permitir que a Sérvia virasse em três a desvantagem inicial, bem como pode reverter num empate em 3×3, iniciado com um gol desmoralizante de Aboubakar, com a descontração típica de um jogo para não ser levado a sério. O continente africano começa a dar sinais de se impor numa Copa de caráter islâmico, depois que Marrocos praticamente eliminou a Bélgica, com a vitória de Gana sobre a Coreia por 3×2, depois que fez dois, Cho Chesung empatou com outros dois de sua autoria e Kudus desempatou com o seu segundo gol na partida.
Portugal demonstrou que vem subindo de gabarito no ranking internacional, já está classificado para as oitavas com a vitória de 2×0 sobre um Uruguai que, ao contrário, vem decaindo.
O gol único de Casemiro, de bate-pronto, foi uma pintura para vencer a retranca suíça, que se satisfaz em arrancar vitórias de seleções graduadas apenas se esmerando na eficiência. Que futebol mais sem graça!
No 1º tempo, Tite voltou ao seu modelo antigo e ultrapassado de jogar fechadinho para o Neymar decidir, avançando Paquetá para o lugar dele e escalando Fred, que é assessor de meio de campo e não protagonista. Não deu certo. Entraram Rodrygo e Bruno Guimarães no lugar dos dois, que não podem mais sair, como era óbvio – até Neymar poder voltar. Fred saiu para não entrar mais, pois tem jogadores de maior técnica no banco.
Tite esgotou sua cota de erros, ao fazer entrar seu protegido Gabriel Jesus no 2º tempo, em vez de Pedro, que lhe é muito superior. Será que o Tite desconhece que tem em mãos a base do campeoníssimo Real Madri? Vini, Rodrygo, Militão, Casemiro (foi agora para o Manchester United) se impunham, ainda mais sem Neymar. Não havia por que escalar Danilo, tanto que nem sentimos sua falta.
Para quem quer barrar Neymar da seleção por motivos políticos é melhor procurar outro esporte para torcer, já que ele faz falta por intimidar os adversários, obrigando-os a recuar com medo de seus dribles, pontadas e passes mortais.

Antonio Carlos Gaio:
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