Derrotado pelo Senegal por 3×1, Catar já está eliminado da Copa do Mundo em apenas duas rodadas. Não basta sediar uma Copa do Mundo, apesar de não respeitar os direitos humanos, especialmente os das mulheres, se, com esse time, não jogaria nem na 4ª Divisão do Brasileirão – ah, se não fosse, até agora, o padrão exibido pelo Brasil, Espanha, França e Inglaterra!
O Irã dos aiatolás venceu o limitadíssimo País de Gales, que não disputava Copa do Mundo desde que Pelé com 17 anos e gol de placa o eliminou em 1958. 2×0 com gols de Cheshmi aos 52’ e Rezaeian aos 55’ do 2º tempo, no período de acréscimo ao tempo normal, que vem resultando em 15 minutos a mais de jogo, em média, para coibir o antijogo e descontar o tempo perdido no entra e sai nas substituições, atender as contusões e a consulta ao VAR.
Não adiantou a Holanda se mostrar tão arrogante com três técnicos, um deles o insuportável van Gaal, quando apenas foi vice mundial três vezes (1974, 1978, 2010). Dominada pelo Equador, que vem se apresentando dentro de um padrão sério e consistente, a demonstrar que quer ir mais longe, ao empatar em 1×1. A Inglaterra empatou em zero com os Estados Unidos, jogando com o regulamento debaixo do braço, o suficiente para não se estressar e classificar-se na próxima rodada – bem english -, enquanto os americanos tentaram, tentaram, mas em vão. Serão obrigados a disputar a 2ª vaga no grupo contra o Irã renascido das cinzas, precisando vencer.
Depois de um insosso Austrália 1×0 Tunísia, pura emoção em Polônia 2×0 Arábia Saudita, com os sauditas desperdiçando um pênalti e o rebote cara a cara graças ao goleiro Szczęsny, enquanto os polacos meteram duas bolas na trave, praticamente lá dentro, com Lewandowski desencantando e fazendo seu primeiro gol em Copa do Mundo, e acabando com a marra dos islamitas, que cresceu graças à estrondosa derrota infligida à Argentina. Contudo, um gol preciso e precioso de Messi e outro de Enzo Fernández, de bela execução, no 2º tempo, livraram a Argentina do sufoco provocado pela Arábia Saudita, respirando mais aliviada quanto à classificação. Mas para quem se considerava um dos favoritos, precisa rever o time em plena Copa, como o técnico Scaloni já começou. Quanto ao México, nunca passou de um futebol de nível médio, mas dessa vez exagerou, pois, tanto fez, que se rebaixou ao padrão de uma Costa Rica ou Tunísia.
Jogando sempre melhor, Marrocos venceu por 2×0 de forma maiúscula a também arrogante Bélgica (mal dos Países Baixos no futebol), cuja decantada escola ainda não entrou em campo e não chegou a assustar Marrocos. O Canadá logo abriu o placar para quebrar o estigma de sua virgindade, mas a Croácia virou com uma goleada de 4×1, impondo a maior categoria de seu futebol, que já se tornou uma tradição, graças ao maestro Modrić e ao artilheiro Kramarić.
O Japão voltou ao normal e fez o mais difícil: depois que se aproveitou do apagão da Alemanha para derrotá-la em cerca de 25 minutos, foi vencido por 1×0 logo pela Costa Rica dos sete a zero, que só chutou uma única vez em gol. Resultado que sobremaneira favoreceu a Alemanha, que entrou em campo para não dar espaço ao tique-taque espanhol, nem sempre conseguindo como no 1º tempo, quando já podia ter sido derrotada se estivesse naqueles dias que inspiraram o Japão. Mas depois de levar o gol de Morata, com raça, velocidade e substituições bem-feitas pelo seu técnico Dieter Flick (atualmente cinco, o que influencia muito no ritmo das partidas), os alemães foram acumulando chances perdidas, tanto quanto os espanhóis, até empatarem com Füllkrug em 1×1.
Ficou claro que o tique-taque espanhol não assusta tanto quanto pareceu no 7×0 que humilhou a Costa Rica, se o Brasil conquistou a medalha de ouro diante dessa mesma base da Espanha nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021.
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