O país mais fechado do mundo, onde não há internet livre e a TV recebe apenas o sinal estatal, muito embora os apagões sejam uma constante. Ocupa o último lugar no ranking de liberdade de imprensa. Superou a Albânia, que rompeu com a União Soviética. Na 3ª sucessão, a partir de 1948, transformaram o comunismo em dinastia, fazendo uma leitura pobre do marxismo, semelhante à do Camboja dos anos 1980. Formaram um exército de 1 milhão de soldados, somente atrás de China, EUA e Índia, para se tornar inimigo do mundo e ameaçá-lo com bombas atômicas. Explica-se o mau humor e o rancor. A Coreia do Norte está passando fome e depende do auxílio internacional para alimentar 25% da população. Com o seu pragmatismo, a China a ajuda a sobreviver com comida, combustível e implantando uma infraestrutura de estradas e de ferrovias para que um dia não venham hordas de refugiados se abrigarem no paraíso chinês, escapando ao grande campo de concentração em que se converteu a Coreia do Norte. Sem contar que se previne quanto à brincadeira com armas atômicas ir longe demais e respingar em Beijing ou Xangai. O regime norte-coreano funciona mais como uma seita pagã em que o povo é obrigado a venerar seu líder e se entregar ao martírio, quando sua morte é anunciada apenas dois dias depois, com crianças se ajoelhando e chorando no esplendor da histeria. No apogeu da lavagem cerebral. O que não impediu o ditador Kim Jong-il de encontrar seu fim dentro de um trem, vítima de um ataque cardíaco, ele que temia tanto viajar de avião e, no estrangeiro, só conheceu Rússia e China.