Edmar Moreira é o corregedor do Sarney. Ao mineiro dos demos a incumbência de investigar a quebra de ética dos parlamentares. Mas, como? O vício absolutamente insanável da amizade, construída no relacionamento do dia-a-dia, ao sabor gostoso da troca de idéias, como se os deputados estivessem nos bancos da escola ou na vida em família, quiçá num clube de férias, inevitavelmente cria uma fraternidade – o espírito de corpo que exige a pizza e não cassar mandato, sob hipótese alguma. Encaminhe-se para a Justiça, que é soberana e isenta, livrando o Congresso da acusação de parte interessada em absolver membros da irmandade. O ônus de pôr um fim em deputados e senadores – que não merecem o convívio em sociedade aberta ou fechada – seria transferido ao Poder Judiciário, que iria julgar sabe lá Deus quando. Diferenciar julgamento político de amizade não é o forte de Moreirinha, a nova peça no tabuleiro de xadrez do Sarney. Vinicius de Moraes adorava um diminutivo no nome de pessoas as quais achava uma gracinha.
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