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CORTAR O MAL PELA RAIZ

A velhice que antes era desgaste, na modernidade é patrimônio cultural, desde que vivenciado na maior das liberdades sem se preocupar com o olhar do vizinho. Ao contrário das crianças do mundo inteiro, obrigadas a seguir um mesmo padrão de comportamento; as que fogem dele são perseguidas na internet, quando não violentamente atacadas. O acesso fácil à privacidade da população do planeta, sob os efeitos da globalização, abriu os canais para os deficientes portadores de preconceitos e perversões que, antes, não encontravam eco algum. Eram ridículos anônimos que, se tivessem sorte, casar-se-iam e teriam filhos com mulheres que necessitassem formar família, sob a qual ocultavam sua psicopatia de “toda mulher gosta de ser estuprada” e “morte aos gays”. Se isolados da sociedade, provavelmente terminariam se matando pela extrema familiaridade com a esquizofrenia. Necessitam pôr para fora sua crueldade, como a exibir suas partes íntimas, em virtude de se sentirem emasculados pela sociedade intransigente em cortar o mal pela raiz.

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Antonio Carlos Gaio:
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