Cresce o nº de pais nos EUA que entregam seus filhos ao Estado. Começou com recém-nascidos abandonados na rua por mães adolescentes em pânico ou desequilibradas. Prosseguiu com pais aflitos que se precipitam em largar menores entre 10 e 17 anos nos hospitais cadastrados para esse fim. Não estão dando conta de garotos insuportáveis e violentos, que se negam a sair da cama e ir à escola, precisando arrastá-los à força. Suscitam cenas constrangedoras de arrependimento nas unidades de psiquiatria, prometendo que irão se comportar diante de mães com remorsos, acusadas de negligência pelos assistentes sociais. Mulheres essas abandonadas por maridos, que mal podem fazer alguma coisa por eles mesmos. Nem ir para o divã resolve, em função da dissolução da célula familiar que abre feridas na formação de gerações futuras. Daí o temor crescente em gerar filhos num mundo em que os pais se declaram absolutamente incapazes para educar.