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CUIDADO COM O QUE FALAS, PODERÁS MORRER PELA BOCA!

Em 7 de setembro de 1958, Juscelino Kubistchek se rejubilou com as Forças Armadas em virtude do amor demonstrado à liberdade que, apesar da força e do prestígio dos componentes das três armas, nunca impôs ao país uma ditadura militar. Se foi demagogia, pagou caro, pois o golpe de 1964 veio para cassar seus direitos políticos e o orgulho de ter construído Brasília. Impedindo-o de se candidatar, de novo, à presidência da República, em 1965. Se o diabo não era tão feio quanto lhe parecia, Juscelino também pagou caro, sob a pecha de corrupto, obrigando-o a se exilar no exterior. Cortando uma carreira política que marcou época, encerrada em definitivo num atentado, numa seqüência de outros que visavam aplainar o terreno para a anistia e não sobrar nenhum líder histórico para contestar o regime fascista instalado. Na veia da contradição, os militares acabaram acometidos do mesmo mal contra o qual mais lutaram: o stalinismo, no capítulo do extermínio aos inimigos do regime.

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Antonio Carlos Gaio:
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