A CRÍTICA DA CRÍTICA
O tenso filme “Custódia”, dirigido por Xavier Legrand, não tem nada a ver com a história que vai rolar abaixo, mas o tema é o mesmo. No Rio de Janeiro, uma mulher de 24 anos foi baleada por um ex-namorado que não se conformava com o fim de um relacionamento que durou um ano e 8 meses. O corretor de imóveis atingiu-a com 3 tiros e outros tantos no atual namorado – ambos sobreviveram. Ela conta que sua vida virara um inferno depois do rompimento, começando por sucessivas ameaças reportadas por quatro vezes à Delegacia de Atendimento à Mulher; mas pouco foi feito. Até ele invadir seu apartamento armado, quando a Justiça concedeu medida protetiva, determinando que ele ficasse afastado 500 metros da ex-namorada, mas não sendo encontrado para receber a intimação. Chegou a mandar uma mensagem de áudio para ela dizendo que estava ciente e que não cumpriria nada. Partiu, então, para invadir as redes sociais. Na terceira queixa, momentos após ele assediá-la num supermercado, o delegado informou que não havia mais nada a ser feito. Ao deixar a delegacia, o corretor atira onze vezes na direção do casal em seu carro. Quando a Justiça falha, e a polícia também erra, voltamos ao filme. Uma agonia constante o cerco empreendido em que ela não consegue manter a rotina e não mais anda sozinha. Punindo-a por tê-lo abandonado, se ele se considerava seu marido e dono de sua vontade. Insuportável lidar com outro homem possuindo sua mulher quando bem entende. O temperamento explosivo e mudanças bruscas de humor com fatos cotidianos levou-o a cometer suicídio – na vida real.
Deixe um comentário