Daniel Dantas era um rapaz com um grande futuro pela frente. Mente brilhante em economia, segundo Simonsen, seu mestre e Ministro da Fazenda da época. Protegido de ACM para ministro do Collor, que preferiu ministros mais limitados que elle. Por que se perdeu no meio do caminho, como um pivete qualquer recrutado pelo tráfico de drogas? O juiz De Sanctis bloqueou 27 de suas fazendas no Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, sob a acusação de lavar dinheiro proveniente de crimes financeiros, quando não desmatava. Para defendê-lo, o gênio do mal consegue arregimentar braços da direita, como Maílson da Nóbrega, no propósito de sustar a liquidação de seus fundos oportunistas da Opportunity. Igualmente da esquerda, como Luis Eduardo Greenhalg, membro fundador do PT e advogado do MST, para tráfico de influência junto a Lula. Afora a consultoria de Mangabeira Unger, cuja ideologia é a de um professor americano aloprado. Não se pode dizer que venderam sua alma ao diabo, pois são profissionais, juraram defender a ciência econômica e jurídica com que se graduaram como doutores e fazem jus a receber de quem pagar mais pelos seus serviços. Não há por que falar em se prostituir no exercício de seu saber, contudo, cheira mal exercer cargo político como ministro ou militar pelo partido, para depois sair se oferecendo, todo serelepe, a um Daniel Dantas invejoso de banqueiros. Por julgá-los mafiosos da usura e que amealham lucros trilhardários, mas nunca são presos no Brasil.