A CRÍTICA DA CRÍTICA
Em mais uma nova realização (“Os anos JK” e “Jango”) desse cineasta inteligente, Silvio Tendler, o dedo na ferida consiste na financeirização da economia em consequência da globalização propiciando a circulação do capital apátrida no planeta, em busca da melhor renumeração, juro ou lucro, dia e noite. Sem o menor vínculo com raízes, origens, local de nascimento ou idioma nativo. O lucro astronômico e crescente dos bancos comprova a tese. De caráter especulativo ou lavando dinheiro sujo. Sem a menor preocupação com geração de emprego e bem-estar social, quando havia essa preocupação no tempo em que as indústrias pesavam no desenvolvimento das nações. A concentração de dinheiro na mão de poucos se acelerou de tal maneira que formou uma elite de poderosos que hoje decide o destino da maior parte das nações do globo terrestre. A quem os presidentes eleitos têm de render continência, pois são esses mafiosos que dão sustentabilidade e garantia à gestão pública. Tornando as eleições uma ilusão, pois quem manda de fato é o dinheiro virtual, que está por trás de tudo como eminência parda, em contraste vergonhoso com a desigualdade social que aumenta cada vez mais. O país que não se regular por essa nova ordem, pode assistir a uma fuga de capitais para um mercado mais submisso. Uma dor de cabeça para a Humanidade. Quem se responsabilizará por dar um fim na miséria que grassa feito uma epidemia? Jesus Cristo?