O juiz Moro não deve mais ser considerado como magistrado, pois reagiu ao recurso da defesa de Lula com imensa arrogância e desprezo pela Constituição. Usou o despacho para fazer novos ataques à honra do presidente Lula, comparando o triplex que Lula nunca usou às contas na Suíça de Eduardo Cunha. Equiparação descabida não só se compararmos o tope político, como também confrontar uma acusação de contas na Suíça com um triplex em Guarujá, que Aécio, FHC, Serra, a quadrilha do Temer recusariam de pronto. Ele não atua como juiz e sim como um reles policial da ditadura militar que, a todo custo, quer prender (e à família do perseguido), torturar (mantendo preso) e distorcer fatos para incriminar e transformar inocência presumida em culpabilidade assegurada. Moro chegou ao ponto de nada do que diz é confiável, veraz e legítimo, de tanto ter falsificado processos e adulterado (a falta de) provas para chegar às sentenças que planejou de antemão. Está jogando uma cartada perigosa em que pode ser desmascarado pois irá corroer a credibilidade do Judiciário, que está sob pressão. Como nenhum de nossos Poderes, hoje em dia, merece confiança, Moro está se aproveitando da tibieza política atual para crescer em seu nicho que criou e fazer valer sua autoridade (ou autoritarismo?). Moro conseguiu enfiar uma espátula no livro de nossa História e pôs-se a esfaquear páginas e mais páginas, como se fosse um psicopata, seu principal personagem. Delirium tremens.
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