Nos últimos 10 meses, o PSDB teve o governador da Paraíba, Cássio Cunha, cassado pela Justiça Eleitoral; Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais, incriminado como cabeça do mensalão e do valerioduto, posteriormente reproduzidos pelos petistas; Yeda Crusius só não foi objeto de ação de impeachment porque se abafou com tremenda presteza na Assembléia Legislativa, que chegou a lembrar os métodos do governo FHC de se fingir de morto e agir nos bastidores. Agora foi a vez do único governador do DEM, José Roberto Arruda, pego na Operação Pandora deflagrada pela Polícia Federal, como responsável e beneficiário por um esquema em que as empresas dariam propinas a secretários do governo do Distrito Federal, com base nos contratos obtidos com a administração, fora molhar as mãos dos deputados distritais. Arruda já tinha atuado em dupla com ACM no episódio da violação do painel eletrônico do Senado em 2001, em que era um dos líderes de FHC pelo PSDB – ambos renunciaram ao mandato para não serem cassados. A oposição deveria preservar seus fundilhos e não eleger a corrupção como arma mortífera para atingir a frente Lula-Dilma. Cada vez que a bancada íntegra dos demos e dos tucanos dispara um balaço, em nome da ética, o tiro se volta contra o telhado de vidro dos seus, como se fosse uma zarabatana.
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