Quem espera, sempre alcança. Não é o caso de Ciro Gomes, 2 dias antes de Dilma anunciar que retirou um câncer. Perdeu uma bela ocasião para provar que está à altura de ser candidato a presidente da República. Adotou a postura dos nanicos do Congresso, em defesa de sua mãe octogenária na novela das passagens aéreas, além de investir com palavrões contra o Ministério Público, baluarte da democracia brasileira, cuja cruzada para o brasileiro acreditar na nossa Justiça se antepõe ao Supremo Tribunal Federal, que acusa um estado policialesco em gestação contra o Estado de Direito corrupto. Melhor faria Ciro escondendo-se atrás da erudição e dos punhos de renda, como Gabeira: “Todos nós erramos porque consideramos a cota de passagens como propriedade nossa, embarcando na grande ilusão cultural brasileira que confunde o público com o privado”. Gabeira já incorporou a alma tucana, travestido de verde.