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DERROTA MORAL PARA CHÁVEZ

Quase Capriles ultrapassou Maduro e o cadáver de Chávez em cima da hora, não arrematando a presidência da Venezuela por uma diferença de apenas 270 mil votos (1,6%). Eleições sempre sinalizam o que o povo deseja, notadamente em placares apertados – só o pascácio do Serra é que não entendeu isso, achando que perdeu para Dilma por pequena margem. Nem bem Chávez morreu, por pouco o povo não pediu para virar a página de seu legado – no máximo, está dividido. Esse é o mal de todo governo muito personalista, se sobrepondo a um programa que melhorou a situação do povo como nunca houve antes, embora sob o encargo da exportação do abundante petróleo venezuelano em detrimento da industrialização e infraestrutura necessárias ao desenvolvimento da Venezuela. Não foi uma entrada triunfante no Plano Espiritual conforme Chávez esperava – rei morto e quase rei posto. Queria continuar a reinar na Venezuela, depois de sepultado. Desafiou demais a Morte, pretendendo de antemão se sobrepor a forças desconhecidas com seu ego. O quase soaria como derrota moral e mau augúrio para Chávez, se vivo estivesse.
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Antonio Carlos Gaio:
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