Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, não sabe se vai conseguir carregar esse fardo, baseada no fato de que Deus não dá um fardo pesado a quem não pode suportá-lo. Isso quer dizer que teme não suportar a dor da perda do filho e inclinar-se por ir ao seu encontro. Expondo o que há de pior para uma mãe, que é ver seu filho partir antes dela. O que não seria justo, pois, nos seus 67 anos, é uma mulher extremamente ativa e atuante a ex-deputada federal e atual ministra do Tribunal de Contas da União, em Brasília. O que de isso vale, se não conseguir tirar seu filho da mente? Enquanto o pai de Renata, viúva de Eduardo Campos, que pensava em viver até os 90 anos, pediu a Deus para prorrogar seu prazo fatal por mais 25 anos, de modo a poder bem cuidar de sua filha e de seus netos. Um passo largo em favor da preservação da vida em contraste com o inconformismo relacionado ao futuro abortado e com a desesperança por perder o filho de vista.