O mergulhador italiano Enzo Maiorca se preparava para mergulhar no mar de Siracusa enquanto conversava com a sua filha Rossana, que estava a bordo do barco. Foi quando ele sentiu algo cutucando suas costas. Ele virou-se e viu um golfinho. Golfinho traz à lembrança brincar, mas o animal passava convicção e Enzo o seguiu, até ele mergulhar a uma profundidade de cerca de 12 metros, onde lá divisou, preso numa rede abandonada, outro golfinho. Rapidamente, Enzo pediu à filha que lhe passasse as facas de mergulho. Os dois conseguiram libertar o golfinho, que emergiu, emitindo um “grito quase humano” (descreveu Enzo). Fácil de compreender o alcance se um golfinho só pode ficar debaixo d’água até 10 minutos, depois se afoga. Eles distinguem cores, respondem à luz, enxergam fora da água e podem usar a visão para identificar outros membros da família, embarcações, predadores e obstáculos.
Eis que veio a grande surpresa: ela estava grávida! O macho os circulou, e então parou na frente de Enzo, tocou sua bochecha (como um beijo), num gesto de gratidão. O que fez Enzo Maiorca constatar: “Até que o homem aprenda a respeitar e falar com o mundo animal, ele nunca poderá conhecer seu verdadeiro papel na Terra.”
Compreender a linguagem desses animais é compreender como sua família interage com a vida. Assim como é difícil à família da Humanidade, composta de fracos, sofredores e enfermos, em sua grande maioria, compreender como interagir com a reencarnação, ainda mais por não ser palpável. Com todos sobrecarregados à procura de alívio e consolação em choque com um mundo incapaz de vos dá-los. Somente com o expurgo da impiedade, da mentira e da incredulidade de vossas almas doloridas, senão sugarão o teor mais alto de pureza que ainda circula em vosso sangue.
Compreender, assimilar, aceitar e ter fé na reencarnação para assim a espécie mais evoluir. Os verdadeiros laços de família da Humanidade não são os de sangue, mas sim os de simpatia e comunhão de ideias que mantêm o vínculo entre os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Assim como não é incomum acontecer que duas pessoas nascidas de pais diferentes possam ser mais irmãs pelo Espírito do que se o fossem pelo sangue, e por isso sentem grande satisfação quando estão juntos, igualmente dois irmãos consanguíneos possam ser completamente estranhos um com o outro, afastados por causa de antipatias de existências passadas, que se traduzem por um mútuo antagonismo durante a vida terrena.
O Espiritismo consegue explicar este problema moral através das sucessivas reencarnações. Essa condição de antipatia serve como provação para a evolução espiritual. Ao invés de protestar contra os sofrimentos morais que aqui na Terra são a nossa herança, o sentimento do dever cumprido fortalece o Espírito com a fé resguardada pela crença em sentimento tão puro.
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