O Banco Santander tem 25% dos seus lucros no Brasil e somente 8% na Espanha. Assim como o Santander sente saudades de suas históricas ligações com a ditadura franquista e com a seita Opus Dei, imagine do FHC e da tucanada em geral, cujas privatizações beneficiaram sobremaneira a economia espanhola. O Banco Santander mandou uma cartinha para 40 mil correntistas de renda superior a 10 mil reais de modo a que se prevenissem quanto às suas aplicações, pintando um cenário da economia brasileira o pior possível com Dilma presidente, já que o receituário do FMI (o Sumo Pontífice da Economia) não vem sendo seguido e os indicadores econômicos apontam para uma recessão. Desprezando propositalmente as nossas elevadas reservas monetárias e os excelentes níveis de emprego e desemprego, este último por não ter peso específico para influenciar na especulação que pauta a Bolsa de Valores. Com o mesmo pessimismo com que tentaram envenenar a Copa do Mundo e que soçobrou por força da alegria e da pureza das torcidas dos países competidores, agora procuram redobrar os esforços para cristalizar o espírito vira-lata com chamadas “Como proteger seu patrimônio em caso de reeleição da Dilma, já!” ou “Que ações devem subir se Aécio ganhar a eleição?”. Isso mais parece análise de corrida de cavalos em Bolsa de Apostas (é bem o espírito da Casa) do que uma análise técnica da conjuntura econômica. Como não reagir a essa conotação política dissimulada pela expectativa da inflação, crescimento do PIB e outras variáveis pintarem um caos que pode vir a não ser confirmado após as eleições? Quer dizer que propaganda enganosa e antiética fazem parte do jogo? Economia vive de expectativa. Criar uma atmosfera de um quadro sombrio num futuro próximo, segundo uma determinada ótica vendida em campanha presidencial, pode acabar por contaminar o clima para investir, contribuindo para desacelerar a economia e diminuir o crescimento econômico. Se a tentativa for bem sucedida, com a eleição de seu protegido, terá sido diabólico, não?