O que aconteceu naquele fatídico 2º tempo em que o Brasil virou um bagaço diante da alaranjada Holanda? O Brasil não era um time preparado para ganhar a Copa se no mata-mata faltou equilíbrio emocional. Se Felipe Melo ficou na conta de Dunga, atribuir ao restante do grupo o mesmo desequilíbrio que se apossou de Dunga não cai bem em renomados jogadores que brilham em gramados europeus. Embora Dunga tenha demonstrado não vir preparado com plano B, opções táticas e, principalmente, banco. As viúvas do Parreira comparam os galácticos gordos e sedentos de festa com a armação tosca e sem imaginação que Dunga imprimiu à seleção para chegar à conclusão de que o jogador brasileiro não precisa de babá – quando Adriano, Wagner Love e o goleiro Bruno são casos de polícia. O nosso futebol mágico sofreu um baque terrível em virtude de não conseguirmos repor um Romário ou um Fenômeno, sem contar o drama para o qual nos arrastou Ronaldinho Gaúcho, que se travestiu de Greta Garbo ao não suportar a responsabilidade de ídolo que lhe pesava no lombo. Dia haveria de chegar em que a ênfase nos cabeças de área e na marcação iria matar a criatividade de nosso meio de campo ou dos armadores. Que craques a torcida desejou ver na seleção e que ficaram fora da Copa? Ganso, Neymar, Pato, o queridíssimo Ronaldinho Gaúcho? Alguém mais? A fila não é longa e o desafio para 2014 é de também jogar bonito perante o povo brasileiro.
Deixe um comentário