Não se pode sair privatizando tudo que é elefante branco como a República Tcheca fez para apagar o comunismo das páginas de sua história: voltou a se tornar apêndice da Alemanha. No setor que for estratégico e a iniciativa privada não se interessar em explorar ou na extensão que o Estado necessita para bem servir à população, cabe transformar a Eletrobrás em uma grande empresa nacional ou multinacional. Para evitar a crise de energia ocorrida no governo FHC, que apostou todas as suas fichas no Estado mínimo, no deus Mercado e nas privatizações. O Estado não pode fugir à sua responsabilidade de indutor do desenvolvimento. Os EUA e o Reino Unido já não são mais o modelo perseguido. Os tucanos que consultem Itamar Franco, agora em suas fileiras, brigando pelas mesmas ideias, quando, de armadura e lança em punho que nem um Dom Quixote, se preparou nos anos noventa para uma batalha contra a privatização de Furnas.